Parando o Zika Vírus: O potencial do Big Data Analytics

Por Daniel Teachey, SAS Insights Editor

Rastrear a expansão de uma doença é uma das ferramentas mais poderosas para os funcionários da área de saúde. Informações podem ajudar os médicos em uma região, ou ao redor do mundo, a se preparar para uma epidemia e a reduzir sua expansão.

No entanto, o objetivo das organizações de saúde é tentar prever a expansão de doenças, e não só agir. Com a análise de dados, isso está se tornando cada vez mais uma realidade. Mais informações, disponíveis em breve, podem melhorar resultados e salvar vidas.

Ao analisar dados de milhares de pontos em todo o mundo, compostos podem ser desenvolvidos para atingir proteínas específicas que permitem que o vírus prospere.

Hoje, o foco está no vírus da zika, transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes. Desde março de 2016, o zika está presente na África, Ásia e Américas, com o maior número de casos no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o vírus da zika é uma emergência de saúde pública que pode afetar 4 milhões de pessoas no próximo ano caso se espalhe pelas Américas. Ao mesmo tempo, mais de 80 casos de zika relacionados a viagem foram confirmados nos EUA, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Enquanto o mundo corre para lutar contra a epidemia, os analistas no SAS estão investigando como a tecnologia de mineração de dados pode rastrear doenças como o vírus da zika e ajudar a criar um tipo diferente de resposta às epidemias globais. O conhecimento sobre a doença e como ela está se espalhando está mais acessível do que nunca. E quanto mais se sabe sobre como a doença está se espalhando e para onde ela deve ir, mais efetivamente você pode mobilizar recursos e desenvolver estratégias para combatê-la.

"De um ponto de vista tecnológico, já temos tudo o que precisamos para alavancar rapidamente essa grande quantidade de dados e desenvolver de forma efetiva vacinas contra vírus novos como o zika", diz Bernard Marr, autor de Big Data: Using SMART Big Data, Analytics and Metrics To Make Better Decisions And Improve Performance (Wiley, janeiro de 2015). "O ebola nos mostrou que cada aspecto da característica e do comportamento de um vírus pode ser isolado e identificado. Agora, precisamos de plataformas e sistemas para colocar estes dados nas mãos daqueles que podem desenvolver soluções antes que uma emergência de saúde pública se desenvolva."

Este tipo de análise preditiva requer fontes de dados múltiplas e heterogêneas. O valor de se juntar diversas comunidades de dados já foi mostrado em iniciativas como o Project Data Sphere, que luta contra o câncer, e ClinicalStudyDataRequest.com, que compartilha resultados anônimos de estudos clínicos para dar suporte a pesquisas de terceiros. Descobertas rápidas e inesperadas ocorrem quando partes interessadas são convidadas a participar de projetos abertos e colaborativos, envolvendo análises massivas de conjuntos de dados compartilhados e de big data.

Saiba como big data e análise de dados podem transformar a oferta e os resultados de cuidados com a saúde

Pense nas possibilidades. Especialistas em análises de dados juntam forças com agências locais de saúde, com a CDC, com a OMS, com as comunidades de pesquisa acadêmica e com os fabricantes de vacina. Esta colaboração pode juntar diversos dados e perspectivas para dar suporte a insights analíticos que não são possíveis ao se analisar fontes de dados isoladamente.

Os dados centrais desta iniciativa podem incluir os dados laboratoriais daqueles que estão sendo testado para o zika e para outras doenças, dados de estudos clínicos, dados de atividades de monitoramento e de redes de fornecimento e até mesmo de tendências nas redes sociais. Todos esses dados podem desempenhar uma função na luta contra uma epidemia. Conectá-los pode ajudar a acelerar o processo de desenvolvimento de uma vacina. Com a análise de dados de milhares de pontos ao redor do mundo, é possível desenvolver combinações para mirar as proteínas específicas que permitem que o vírus prospere.

"Não estamos falando em resolver o problema do zika amanhã ou depois, mas de juntar todo o conhecimento relevante em um mesmo lugar", diz Jamie Powers, consultor do setor de saúde do SAS. "Esta abordagem colaborativa voltada para a análise teria implicações não apenas na luta contra a expansão do zika, mas também na prevenção contra futuras epidemias. Eu imagino um futuro no qual se possa prever a chegada de uma grande epidemia e ter a infraestrutura pronta para identificá-la e agir rapidamente."

Scientists look at computer in a lab

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